Salvaterra
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Orla de Salvaterra | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | salvaterrense | ||
Localização | |||
Localização de Salvaterra no Pará | |||
Salvaterra | |||
Mapa de Salvaterra | |||
Coordenadas | 0° 45' 10" S 48° 31' 01" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Pará | ||
Municípios limítrofes | Soure, Cachoeira do Arari | ||
Distância até a capital | 80 (em linha reta) km | ||
História | |||
Fundação | 10 de março de 1962 (62 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Carlos Alberto Santos Gomes (UNIÃO [1], 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 918,563 km² | ||
População total (est. IBGE/2019[2]) | 23 752 hab. | ||
Densidade | 25,9 hab./km² | ||
Clima | Tropical | ||
Altitude | 5 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,608 — médio | ||
PIB (IBGE/2014[4]) | R$ 123 110,15 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2014[4]) | R$ 5 599,22 | ||
Sítio | Prefeitura (Prefeitura) |
Salvaterra é um município brasileiro da ilha de Marajó (estado do Pará), pertencente a Região Geográfica de Soure-Salvaterra (Região Geográfica de Breves) na Região Norte do Brasil, localizada à latitude 00º 45' 12" S sul e longitude 48º 31' 00" oeste, em uma área de 1 048,2 km².[5]
O município foi criado pela Lei estadual nº 2.460, de 20 de dezembro de 1961, durante o governo de Aurélio do Carmo.
É uma das principais entradas do Marajó, através do porto de Camará, localizado no extremo sul do município, na foz do Rio Camará.
História
Salvaterra era, desde 1901, distrito de Soure e apenas em 1961 foi elevada à categoria de município, sendo conhecida desde então como a Princesa do Marajó.
Primitivamente habitada por índios da etnia Sacaca ou Aruans; um dos mais importantes grupos brasileiros em termos linguísticos, possuía um vasto trabalho em cerâmica, que se desenvolveu em toda a ilha do Marajó.[6][7][8]
Por volta do século 18, Salvaterra foi colonizado pelos frades jesuítas[9] na vila de Monsarás.[10][2] Posteriormente construíram uma igreja na Vila de Joanes para a catequização dos indígenas,[11] onde ainda existem as ruínas da igreja na vila.
Com a fundação de uma casa jesuíta em 1626,[12] em Belém, foi possível a expansão missionária por diversas aldeias na região Amazônica.
Durante muitos anos, Salvaterra foi domínio por portugueses escravocratas, de indígenas e negros no trabalho em fazendas. A resistência à dominação levou os escravos a um processo de organização, presente até hoje no município, com as oito comunidades quilombolas.
Conta-se hoje que o nome da cidade foi criado quando ao explorar o território da ilha e ver seus encantos, os jesuítas gritaram: "Salve Terra".
Geografia
Localiza-se no norte brasileiro, pertencente a Região Geográfica de Soure-Salvaterra (antiga Microrregião Geográfica do Arari) na Região Geográfica Intermediária de Breves,[13] à uma latitude 00º45'12" sul e longitude 48º31'00" oeste, estando a uma altitude de 5 metros do nível do mar.[5] Seus limites são com o município de Soure, começando na ponta meridional do Lago Guajará, seguindo por uma reta as nascentes do rio Paracauari, que em "tupi-guarani significa Rio de águas profundas", na baía do Marajó. O município possui uma população estimada em 2019 de 23.752 habitantes, distribuídos em 918,563 km² de extensão territorial.[2]
Um belo recanto amazônico proporciona um espetáculo natural em suas praias de água doce, igarapés e fazendas. Pelos campos encharcados durante as grandes águas do inverno amazônico, passeiam búfalos montados por vaqueiros.
Água Boa é uma praia escondida dentro de Salvaterra e o distrito de Joanes localizado 17 km do município.
A Reserva Ecológica da Mata do Bacurizal e do Lago Caraparú é uma Unidade de Conservação administrada pela Prefeitura Municipal de Salvaterra, com objetivo de proteger os recursos naturais e desenvolver o ecoturismo.
Economia
O abacaxi cultivado na região é um dos mais doces do país, tirando daí o sustento dos moradores e a economia da região, fazendo com que o município seja um dos grandes produtores da fruta. Ganhando o mundo através da exportação.
O município de Salvaterra já teve como base da economia a pesca, o gado e o coco-da-baía. Atualmente, o principal produto produzido é o abacaxi;[2] a mandioca também possui boa participação na economia.
- Igreja de N.S. do Rosário em Joanes; ao lado as ruínas da antiga igreja
- Praia de Joanes
Distritos
Em 31 de dezembro de 1963, o município de Salvaterra passa a ser constituído de 5 distritos[9]:
- Salvaterra (distrito sede)
- Condeixa
- Joanes
- Jubim
- Monsarás
E quarenta e cinco povoados, muitos na zona rural. Com esta configuração em divisão territorial do ano de 2005.
Bairros
- Centro
- Paes de Carvalho
- Coqueirinho
- Caju
- Morada Nova
- Nova Colônia
- Marabá
Comunidades quilombolas
As comunidades quilombolas do município de Salvaterra são:[14]
- Siricari
- Mangueiras
- Salvá
- Deus Ajude
- Providência
- Bacabal
- Bairro Alto
- Paixão
- Boa Vista
- Caldeirão
- Campina/Vila União
- Santa Luzia
- Pau Furado
Referências
- ↑ «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022
- ↑ a b c d e «IBGE Cidades». Estimativa populacional de 2019. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2019. Consultado em 22 de setembro de 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 21 de setembro de 2013
- ↑ a b «PIB Municipal 2010-2014». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ a b Geógrafos. «Salvaterra, Pará». Consultado em 2 de junho de 2016
- ↑ «Histórico do Município de Salvaterra (Pará)». Ferramenta Cidades - IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 6 de junho de 2016
- ↑ Maria José de Souza Barbosa; Farid Eid; Maria Antonieta Rocha Santos; Karime Ferreira Carvalho; Luiz Paulo Farias Guedes; Rodrigo Augusto Sobral Santos; Wilk Cardoso Cruz; Edson Junior Lima de Souza, e; Ouripson Dalvan Lopes Félix (2012). «Relatório Analítico do Território do Marajó» (PDF). Grupo de Estudo e Pesquisa Trabalho e Desenvolvimento na Amazônia – GPTDA UFPa: Universidade Federal do Pará - UFPa. Projeto Desenvolvimento Sustentável e Gestão Estratégica dos Territórios Rurais no Estado do Pará. Consultado em 6 de junho de 2016 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
- ↑ Rosane de Seixas Brito Araújo; Suely Rodrigues Alves (2008). «Ação coletiva, cidadania e políticas públicas em Salvaterra» (PDF). Seminário Internacional Amazônia e Fronteiras do Conhecimento - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - Universidade Federal do Pará. Consultado em 6 de junho de 2016. Arquivado do original (PDF) em 25 de junho de 2016
- ↑ a b IBGE. «IBGE Cidades: Salvaterra - Histórico do Município». Consultado em 2 de março de 2014
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. «Município de Salvaterra - Estado do Pará». Consultado em 2 de junho de 2016
- ↑ Folha Online. «Folha Online: Presídio de Belém guarda jóias amazônicas». Consultado em 2 de março de 2014
- ↑ Anchietanum. «Jesuítas no Brasil». Consultado em 2 de março de 2014
- ↑ «Divisão Regional do Brasil». IBGE. 2017. Consultado em 1 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 1 de setembro de 2017
- ↑ SERRA, Cristiane Torido. Aspectos morfossintáticos do português falado no Quilombo Siricari/Marajó: uma perspectiva afro-indígena. 2016. xiv, 112 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Ligações externas
- Prefeitura Municipal
- Portal do Pará